quinta-feira, 7 de outubro de 2010

CECÍLIA ... SEMPRE INTENSA ...

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve ...

- mas só esse eu não farei.


Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes ...

- palavra que não direi.


Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,

- que amargamente inventei.


E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando ...

- e um dia me acabarei.

"Timidez" 

Cecília Meireles










GUILHERME LAMOUNIER



Uma canção tão linda em sua simplicidade e com um título "nada a ver" aparentemente ...


Pode-se defini-la como sendo uma folk music, estilo não muito difundido entre nós, mas de uma encantadora capacidade de falar direto ao coração ( recentemente Roberta Campos gravou "Mundo Inteiro" que pode ser incluída também nessa descrição ).


Para os que não viveram 1973, esclareço que "grilo" era uma gíria da época que queria dizer algo  como "preocupação", "questionamento" ou, usando outra gíria do tempo, "encucação" ... rsrs ... :)


quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SEMPRE ADOREI ESTA MÚSICA ...




E não imaginava em verdade o quanto ela continha de beleza em sua letra.  Em 1973, com 13 para 14 anos, eu a ouvia nas rádios e nos capítulos de "Cavalo de Aço", novela das 20:00 da TV Globo que meus avós acompanhavam e da qual era parte da trilha sonora internacional.


Sem saber nada de inglês, achava que era mais uma canção que falava de amor e com um balanço incrível no mix da percussão com o órgão acústico.


Hoje, ao ler a tradução, compreendo que era um verdadeiro hino pela igualdade e fraternidade entre as raças.


Salve Martin Luther King !

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PESSOA ... UM MESTRE DAS EMOÇÕES ...

QUALQUER MÚSICA


Qualquer música, ah, qualquer,
Logo que me tire da alma
Esta incerteza que quer
Qualquer impossível calma!
Qualquer música - guitarra,
Viola, harmônio, realejo...
Um canto que se desgarra...
Um sonho em que nada vejo...
Qualquer coisa que não vida!
Jota, fado, a confusão
Da última dança vivida...
Que eu não sinta o coração!
 
Fernando Pessoa
 
 
 

POR FALAR EM COISAS ETERNAS ... ( II )



"Viajante" , maravilhosa poesia de Thereza Tinoco, na voz de Ney Matogrosso ...

POR FALAR EM COISAS ETERNAS ...



"Eternamente" na voz de Gal Costa ... 

domingo, 3 de outubro de 2010

E AQUI, EM 11/09/2010, NO HSBC ARENA - RIO DE JANEIRO



O carisma e a categoria de Peter Frampton permanecem apesar da passagem dos anos.  Pena que o "coral de desafinados" - rsrsrs - atrapalhou um pouco ...


Quantos ali vivenciaram essa mesma canção há mais de 30 anos ?